O meu trabalho como maestro começa na curadoria da experiência do concerto: o que será tocado, de que forma e porquê. Nesta lógica, tento encontrar o equilíbrio entre o conforto de algo familiar e o desafio da descoberta. Um ponto de cruzamento onde a curiosidade, o prazer e o conhecimento se alimentam mutuamente.
É a partir desta visão que o meu trabalho se desdobra em várias vertentes. Por um lado sou maestro, sim, mas também componho para vários formatos: ópera, teatro, instalação, animação. Faço arranjos musicais de diferentes géneros, da música barroca ao repertório de Paulo de Carvalho ou Capitão Fausto. Gosto de fazer encomendas aos criadores que considero mais excitantes, descobrir peças esquecidas do passado e relacionar-me com autores do presente.
Enquanto director artístico interessa-me também a ligação à comunidade, ao território e ao ecossistema cultural mais alargado.
Aposto no talento jovem e nacional, na distribuição de oportunidades e na co-criação. Acredito radicalmente no acesso universal à cultura e faço tudo o que estiver ao meu alcance para colocar as pessoas em contacto com a beleza e o espírito crítico que as artes proporcionam.