Martim Sousa Tavares - biografia
Natural de Lisboa, 1991.
Licenciatura em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (2012, 17/20 valores).
Licenciatura em Direcção de Orquestra pelo Conservatorio di Musica di Brescia (2016, nota máxima e summa cum laude).
Diploma Trienal de Direcção de Orquestra pela Italian Conducting Academy (2016).
Mestrado em Direcção de Orquestra pela Bienen School of Music - Northwestern University (2018, nota máxima, program honors e bolsas Fulbright e Eckstein).
Activo principalmente enquanto maestro, tanto na posição de director musical como maestro convidado, conto colaborações com orquestras de oito países e algumas das principais orquestras nacionais.
Recentemente, estas incluem a Orquestra da Rádio da Roménia, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra do Norte, entre outras.
Sou avesso à especialização num repertório específico e pratico com igual entusiasmo a música antiga e a criação contemporânea, vivendo esta profissão com especial sentido de missão no que diz respeito a um pensamento ecossistémico da música clássica. Quer isto dizer que me interessam, acima de tudo, a reflexão e re-interpretação do repertório canónico, assim como a que considero ser muito necessária (re-)descoberta e (re-)valorização de autores marginais ou emergentes como Florence Price, Nathan Bales, Johanna Beyer, John Luther Adams, Tiago Derriça, entre muitos outros aos quais me tenho dedicado.
Assumo um compromisso com a equidade na programação musical, mas também com a descentralização e a acessibilidade radical no acesso à música clássica. Por essa razão, tenho gosto em dizer que já dirigi orquestras em cidades como Rio de Janeiro, Madrid, Chicago, São Petersburgo, Milão ou Lisboa, mas também - e com igual entusiasmo - em locais como Rapoula do Côa (Sabugal), Orjais (Covilhã), Colmeal da Torre (Belmonte), Atalaia do Campo (Fundão), Benquerença (Penamacor), Carvalhal Redondo (Nelas) ou Pínzio (Pinhel).
Foram meus mentores, por esta ordem, os seguintes maestros: Gilberto Serembe, Umberto Benedetti Michelangeli, Victor Yampolsky, Alan Pierson, Christopher Rountree.
Com a Orquestra Sem Fronteiras venci em 2022 o Prémio Carlos Magno para a Juventude, uma iniciativa do Parlamento Europeu para premiar os valores de união na Europa, o Prémio Carlos de Pontes Leça da Fundação Mirpuri e uma menção honrosa do prémio Portugal Justo da Fundação Manuel António da Mota.
Percurso profissional
2014 - presente
Maestro e director artístico
- Fundador e director da Orquestra Sem Fronteiras em Idanha-a-Nova (2019 - )
- Maestro Titular da Orquestra do Algarve (2023 - )
- Director Artístico do Festival de Sintra (2023 - )
- Curador do ciclo de concertos Atravessar o Fogo no Centro Cultural de Belém (2023/2024)
- Coordenador do programa cultural da candidatura de Aveiro, cidade finalista a Capital Europeia da Cultura em 2027 (2020 - 2022)
- Curador do ciclo de concertos A Boca do Lobo no Lux-Frágil (2020)
- Fundador e director da Orchestra di Maggio em Brescia, Itália (2014 - 2016)
2019 - presente
Autor e orador
- Autor do livro Falar Piano e Tocar Francês (2024)
- Autor do podcast Encontro com a Beleza na Rádio Observador (2022 - 2024)
- Autor da newsletter semanal A Música na Minha Cabeça no Observador (2022 - 2023)
- Autor do programa Tudo Menos Clássica na RTP2 (2022)
- Co-autor com Hugo van der Ding do podcast Era uma vez duas pessoas na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (2022 - 2023)
- Autor de programas semanais na Antena 2 [Casa de Partida / A Lira de Orfeu / O Mundo à Minha Procura] (2019 - 2022)
- Autor do ciclo Ouvidos para a Música na RTP Palco e Temporada de Música em S. Roque (2018 - )
- Co-autor com Hugo van der Ding do podcast Duas pessoas a conversar na Antena 3 (2020-2022)
- Formador convidado do programa Executive Education da Nova SBE (2019-2022)
- Ouvir não chega (para melhorar o mundo) no TedX Aveiro (2019)